7 de Agosto de 2016

"Keep up, new kid."
PAPER GIRLS, VOL.1
Brian K. Vaughan & Cliff Chiang
Image Comics, 2016
144 págs., tetracromia, capa mole


A onda de nostalgia pelos anos 80 está em alta (ver abaixo) e tem permitido revisitar conceitos interessantes.
Já ouviram falar de Brian K. Vaughan (Saga, The Private Eye)? Já? Ok. 
E de Cliff Chiang (Wonder Woman)? Também?
Então têm mais ou menos noção do que esperar de Paper Girls.
Stony Stream é a epítome dos subúrbios americanos, vivendas com  sebes brancas, onde nada se passa e de onde todos os jovens querem escapar.
Portanto, quando Erin Tieng se levanta de madrugada para começar o seu dia (1 de Novembro de 1988) a distribuir jornais e se depara com ninjas disformes, naves espaciais e o fim do mundo, entramos no departamento do parasubúrbio.
E a partir daqui as coisas só começam a ficar mais complexas, sem querer estragar leituras, nomeadamente, viagem no tempo e guerras intergeracionais transtemporais.
Este primeiro volume (colecciona os números 1 a 5 dos fascículos mensais) não acaba por explicar grande coisa, serve para introduzir e para cativar, deixando a resolução das questões levantadas para números posteriores. Faz bem. É precisamente o mistério e o acumular de dúvidas que dá charme à leitura de Paper Girls.
Cliff Chiang ajuda bastante ao encanto do livro, o seu traço angular e pop! (sim, pop!, se depender de mim, passa a ser termo técnico a partir de agora) é perfeito para a história contada e é magnificamente complementado pelas cores de Matt Wilson (mais um prodigioso colorista à laia de Jordie Belaire - certo, também já ouviram falar dela...).
Se querem um retorno ao passado longínquo de há 30 anos, misturado com ficção fantástica, personagens interessantes e arte linda, este é o livro para vós.



"Should I stay or should I go"
STRANGER THINGS (2016)
De Duffer Brothers
Com Wynona Ryder, David Harbour  et al.
8 episódios de 55 min

Melhor Tarantino que o próprio Tarantino, Strangers Things é um regresso nostálgico aos temas e estética dos anos 80 de uma forma tão completa e tão bem sucedida que consegue que o espectador se esqueça de que se trata de uma série de 2016.
O elenco é extraordinário, particularmente o juvenil, que é absolutamente credível.
Uma ode a uma era do fantástico que está marcada a ferros no subconsciente da maioria dos adultos da actualidade.

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